Domingo sai de casa com um destino definido. Almoçaria no SESC Pinheiros, depois visitaria a exposição Warhol TV, no mesmo local, e caminharia alguns metros até o Instituto Tomie Ohtake onde poderia, finalmente, apreciar a tão comentada exposição de Louise Bourgeois (para os íntimos, a criadora da aranha do MAM, no Ibirapuera). Tirando que o Restaurante da Comedoria já estava fechado, a visita às exposições foi muito bem sucedida. Sobretudo no Tomie Ohtake. Além das inspiradas esculturas, pinturas, escritos e desenhos de Bourgeois, ainda tive tempo para ver uma mostra de fotografia contemporânea que inclui imagens criadas por Francis Alÿs, Miguel Rio Branco, entre outros.
A grande surpresa da tarde ficou por conta de um espetáculo em cartaz no SESC Pinheiros: Donka - uma carta a Tchekhov. Sem saber do que se tratava, mas curioso para saber um pouco mais sobre o autor russo (um dos publicados na coleção Prosa do Mundo), lá fui eu. Um espetáculo surpreendente. A montagem é da Cia. Finzi Pasca, e conta com atores/acrobatas/músicos/clowns inspirados. Há no elenco duas atrizes brasileiras, e os demais não hesitam em arranhar palavras em português. Cenas belíssimas, compostas por performances aéreas, sapateado, malabarismo, teatro de sombras, etc. Um circo majestoso. Memorável a cena em que um dos atores gira em um grande aro enquanto caem pétalas de rosas, numa luz outonal (a partir de 5’14” no vídeo). Entre as descobertas da noite: Tchekhov, um pescador de ideias e os espetáculos de dissecação, nos quais se buscava desvendar onde a alma ficava escondida, pelos quais o público pagava, muito bem, para ver (ficções ou não, não importa). Ao final, aplaudindo de pé, contemplando atores e público, avisto ninguém menos que João Miguel. Sim, um pouco mais cabeludo que no dia anterior, aplaudindo efusivamente.
p.s.: João Miguel aparece
Um comentário:
Adorei o texto e amei ver vc (e o João Miguel) no Sesc! rs bjs querido!
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